
Temer afirma que, na área de Saúde, governo está fazendo "oito anos em 14 meses" (Foto: Reprodução)
Alvo de uma denúncia por corrupção passiva em análise na Câmara, o presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (13) que vai ter mais "um ano e meio de governo" pela frente, que é exatamente quando o mandato termina, em dezembro de 2018.
O presidente está no centro de uma crise política, deflagrada com as delações do grupo J&F, que pode culminar com a perda do mandato. Na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o relator apresentou nesta semana parecer favorável à admissibilidade da denúncia contra Temer. Se o plenário da Casa autorizar o envio da denúncia ao Supremo Tribunal Federal e a corte aceitar abrir o processo, o presidente é afastado.
Temer tem usado eventos públicos nos últimos dias para discursar a favor de seu governo e tentar desqualificar a denúncia. Nesta quinta, ele anunciou R$ 1,7 bilhão para investimento na área da saúde. Durante o discurso, o presidente listou algumas medidas de sua gestão e, em seguida, afirmou: "Estamos com 14 meses, mas é como se tivéssemos com 4, 5, 6 anos de governo, e imagine, portanto, o que podemos fazer com mais um ano e meio de governo".
Em quatro dias nesta semana, o presidente participou de 4 eventos públicos. Em 3 deles, anunciou dinheiro para programas do governo. A agenda de anúncio de recursos coincide com a análise da denúncia na CCJ.
Além da área da saúde, contemplada nesta quinta, Temer havia apresentado R$ 11 bilhões para projetos de infraestrutura em estados e municípios na quarta-feira (12) e, na terça, anunciou R$ 103 bilhões do Banco do Brasil para o plano Safra 2017/2018.
Em seu discurso, Temer falou ainda que, apesar de não ser fácil a !missão" à frente da Presidência, está recolocando o Brasil no rumo do desenvolvimento.
"Eu confesso que jamais pensei que seria fácil a missão que foi confiada, mas o que me dá animo para cumpri-la é o fato de que estamos recolocando o Brasil no rumo do qual nunca devia ter saído, o rumo do desenvolvimento".
Reforma trabalhista
Durante cerimônia no Palácio do Planalto, Michel Temer defendeu a reforma trabalhista, que vai ser sancionada na tarde desta quinta. Segundo Temer, em um "brevíssimo" tempo o governo e o Congresso vão ser reconhecidos pela aprovação da reforma.
"Vocês verão que em brevíssimo tempo, com a queda do desemprego, o governo terá o reconhecimento, o governo e o Congresso Nacional. Prosseguiremos com vigor na construção de um país de oportunidades para todos", disse.
O presidente afirmou também que o discurso contrário à reforma da legislação trabalhista é um discurso político e não de conteúdo. "Mas as pessoas não estão preocupadas com conteúdo, a luta é política. Então como a luta é política, querem destruir dizendo aos trabalhadores que vão perder direitos, quando vão ganhar direitos, vão ganhar postos de trabalho".
g1
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